quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Fico feliz, honrado e amedrontado com a idéia de que minhas palavras podem se tornar referência em um ambiente público, mas agradeço de todo coração essa oportunidade que o André Raulino me deu.
Vou então para esse primeiro post usar das palavras de Dieter Rams (1987): "O óbvio é melhor que aquilo que precisa ser decifrado", sendo assim falarei do que eu e meu eximio colega de missão trabalhamos juntos - A arte de fazer evangelismo com clowns.
Não entrarei no mérito técnico de explicar a diferença entre clown e palhaço, mas trarei uma pincelada. Palhaço é uma personagem criada da forma que se desejar, normalmente, é extravagante ao extremo e usa maquiagens e roupas que chegam a ser assustadoras. Já o clown é uma personagem de si mesmo em que o próprio ator pega suas características e as exagera, porém não de forma extravagante. Outra diferença entre o palhaço e o clown é que o palhaço é comico enquanto o clown não precisa necessariamente ser, além de usar cenas pré ensaiadas. O papel do clown é de forma criativa e sempre improvisada tratar das necessidades do mundo.
Depois dessa leve introdução vamos ao que interessa - falar de evangelismo com a arte do clown!
Muitas pessoas acham que trabalhar pintando o rosto e se vestindo de forma ridícula é algo para atrair apenas crianças. Já conheci trabalhos como esse até com militares. O fato é que o clown manifesta aquilo que te identifica, aquilo que você faz tão naturalmente que nem percebe se é bom ou não. Isso me faz pensar: "Até quanto somos cristãos que nos convertemos diariamente?" - Somos tão naturais as vezes em viver nossas vidas e darmos nossos dízimos que acreditamos estar fazendo o suficiente. O papel do clown é chegar no seu trabalho e fazer aquilo que as vezes temos vergonha de fazer, como por exemplo chegar ao seu chefe bigodudo e dizer: "Bom assim né? Pelo menos não pega chuva em baixo! Mas Jesus te ama mesmo assim!".
O nariz do clown é a menor máscara existente no mundo, ela é suficiente e serve apenas para uma coisa, avisar que se eu estiver usando e te ofender, não é para você ficar bravo e sim pensar na sua vida com outros olhos, de que talvez sua vida precise mudar em alguns detalhes.
O clown é um ser tão puro e inocente que vai compartilhar de sua dor e dificuldades e mostrar que é possível conviver com isso e não enganar isso com riso. Por isso entendo que quando uso essa máscara manifesto uma característica de Cristo. Ele veio ao mundo morrer por nós de maneira horrenda para que um dia quando a sua dor fosse manifesta Ele pudesse dizer: "Estou aqui com você meu(minha) filho(a)! Eu intendo a sua dor e suas dificuldades e quero estar contigo enquanto durar"
Enfim, não digo o que digo para que nos escondamos atrás de máscaras, mas as vezes um nariz vermelho te libera para dizer aquilo que em seu cotidiano encontra dificuldades.
Não sejamos crentes mornos, pelo contrario, pela graça que Cristo nos deu preguemos seu evangelho, preguemos sua salvação e sejamos cristãos verdadeiros para que no dia da consumação dos séculos sua família, colegas de estudo e trabalho e seus amigos estejam ao seu lado desfrutando das divinas bençãos do Senhor!
Para quem quiser conhecer mais a arte de evangelismo com clowns, fale com o André Raulino, pois tem se tornado um grande clown pregador do evangelho e me sinto honrado de dizer isso e trabalhar com ele.
Vamos seguir em frente combatendo o bom combate do Senhor!
Amém!
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