MY WORLD

Algumas pessoas vêem as coisas como elas
são,e perguntam pq ?Eu vejo as coisas como elas poderiam ser,e pergunto pq não?!

Você quer uma revolução?Comece-a de dentro para fora,transforme o mundo,mas primeiro,conserte o seu mundo interior,para que a imagem que você irá projetar seja algo que edifique.Não seja igual a massa,mas tenha uma identidade,valorize caráter,tenha uma personalidade

ímpar,tema a Deus,conheça-O e O faça conhecido,ame seu próximo como se não houvesse amanhã,e use o bendito filtro solar.As coisas simples são as melhores,estamos aqui apenas de passagem,nunca é tarde para aprender,sonhar e dizer um muito obrigado.Sorria,ame,viva! AR

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Mc lanche feliz e um Bom dia! por : *João Paulo

quinta-feira, 11 de março de 2010





Bom,vamos dar seqüência,a nossa sessão de participações especiais,dessa vez com um texto que realmente nos leva a refletir.De forma descontraída nosso convidado,aborda uma experiência conosco.Ajeite-se na poltrona,cadeira,ou aonde quer que esteja,e acompanhe as palavras,desse universitário,que também é um inconformado,e que faz a diferença,dentro do contexto onde vive.Agradeço desde já a ele,que gentilmente nos cedeu esse texto,e a você leitor ,que não nos abandonou ,nesses 5 meses de existência do “dudeoutsider”.Sem mais delongas,vou deixar ele com vocês.E o meu bom fim de semana a todos,semana que vem teremos novidades,voltem sempre! André Luiz Raulino.


Caros leitores do blog, é com grande prazer que venho aqui representar a família Raulino (a mesma família de meu primo e dono desse blog, André), aceitando o convite dele e escrever algo que a muito tempo eu presenciei e escrevi, mas por infortúnio da vida e por problemas da faculdade, não postei em meu blog (o qual não levei pra frente) e em lugar algum. O fato foi presenciado por mim ano passado, não lembro ao certo a data, e nos leva a uma reflexão sobre os reais valores das grandes organizações que compõem o cenário capitalista do nosso planeta.

Eu ajudo! Desde que fiquem longe de mim.

Como de costume em toda semana, pra variar um pouco a rotina de almoçar no restaurante universitário, resolvi ter um almoço de “luxo” e fui almoçar no mc donalds, até porque estava passando por um bem na hora do almoço, senti aquele cheiro que só o mc donalds tem, logo, eu não resisti e entrei. Nada como começar a semana com uma boa refeição.
Quando cheguei no balcão, me deparei com aquele painel lindo, com hamburgueres grandes, batatas crocantes, muita cor, fome e felicidade. Mas o que de fato me chamou a atenção na fila não foi o painel, não foi o cheiro e tão pouco aquelas cores fortes. Poucos lugares a minha frente na fila, estava um homem de idade, bem vestido, mais velho, acompanhado de duas crianças q aparentavam ser abandonadas, catadoras de lixo, enfim, crianças carentes, mas com um detalhe, estavam com um sorriso que trazia muito mais alegria do que qualquer painel do mc donalds e uma coca-cola gelada pra quem estivesse morrendo de fome e de sede. Eu me senti feliz pelas crianças e fiquei mais feliz ainda por ver alguém fazendo uma boa ação, por mais estranha que pareça nos dias de hoje. Não demorou muito e uma atendente que estava dentro do balcão gritou para a outra atendende, que faz os pedidos pra quem estava na fila, “tira essas crianças daqui” ela disse. A outra atendente chegou perto do homem que acompanhava as crianças e disse “é contra as regras trazer essas crianças pra comer aqui”. Com toda a razão, o homem, que até então aparentava estar feliz, fechou a cara, respirou e disse que ia comprar os lanches pra ele. Eu o acompanhei até chegar a sua vez, onde ele insistiu em fazer a compra, pois não estava fazendo nada de errado e não estava cometendo crime algum. Enfim, eu fiz meu pedido, e enquanto aguardava ao lado, fiquei observando o homem levar as duas caixas de mc lanche feliz e se sentar em uma mesa com as duas crianças. Escolhi uma mesa perto da deles para tentar descobrir mais alguma coisa, e quando as crianças ainda estavam deslumbradas com o brinquedo, sem chegar na parte de começar a comer, a gerente chegou e disse que ele deveria se retirar, pois como havia sido dito a ele, era contra as regras levar crianças de rua ao mc donald’s.
Toda essa situação me fez pensar enquanto eu comia o meu quarteirão com queijo. Como assim é contra as regras ? Que tipo de regras são essas? Mas o pior de tudo, a menos de uma semana atrás desse ocorrido, estava eu no mc donald’s, junto a alguns amigos, comendo um big mac no saudoso Mc Dia Feliz, onde toda o lucro obtido com a venda dos big macs é a hospitais especializados a cuidar de crianças com câncer. Não to criticando essa iniciativa, em partes é duvidosa, mas é uma excelente iniciativa, ainda mais vinda de uma das empresas símbolo do capitalismo e do consumismo. Mas o fato é, ajudar crianças com câncer é lindo, desde que elas fiquem longe. E as crianças que não tem câncer? Tem saúde só não tem dinheiro, não tem pais nem um lugar para morar? Quanto a essas crianças é contra as regras ajudar, ou o pior, é contra as regras deixar alguém ajudá-las. Talvez essa não seja uma medida corporativa e sim uma atitude de algum funcionário da classe operária, talvez seja contra a regra corporativa, talvez o homem fosse algum tipo de pedófilo ou ele simplesmente estava tentando dividir seu dinheiro com alguém em troca de um sorriso.
Pra quem ta curioso quanto ao desfecho da história, o homem insistiu em ficar pois havia pago por seu lanche, fez questão de que as crianças comecem com calma e saboreassem o lanche delas. Apesar de todo sentimento ruim que essa situação tenha causado, o sorriso delas ao sair da lanchonete, satisfeitas e com brinquedos novos, apagou qualquer mágoa e fez com que a minha segunda feira combinasse com “bom dia”, bom dia que é sempre repetido por todos os atendentes do Mc Donald’s.


Um abraço a todos
João Paulo

1 comentários:

Naty disse...

Gostei do texto...lembro de ter lido um relato semelhante, mas aconteceu em outra rede de lanchonetes...infelizmente todos temos uma tendência a não querer deixar que o "diferente" ou "desfavorecido" entrem no espaço que consideramos nosso...só que no Mac isso fica mais evidente.